Habitantes
Pelotas cai uma posição entre os populosos
De acordo com o IBGE, município agora é o quarto com mais moradores no RS; Canoas é o terceiro
Gabriel Huth -
Não estamos mais no pódio. Após mudanças na metodologia de pesquisa, a estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para Pelotas, em 2018, é, pela primeira vez, menor que a de Canoas. O município da Região Metropolitana é o novo terceiro colocado em índices populacionais gaúchos, atrás de Porto Alegre e Caxias do Sul. A partir de hoje, a Princesa do Sul é a quarta cidade do Rio Grande do Sul.
Somos 341.648 pelotenses, segundo os números do IBGE divulgados ontem. 2.737 a menos que em 2017. O que não quer necessariamente dizer que houve uma migração, salienta, com certo afinco, a chefe da agência Pelotas do instituto, Tatiana Gautério. Houve, na verdade, uma revisão na metodologia de pesquisa, levando em conta a queda na taxa de fecundidade no Brasil - de 1,8 em 2015, para 1,77 em 2018. Isso ajuda a explicar o fato de praticamente todos os municípios da região, além da própria capital Porto Alegre, terem acompanhado Pelotas neste declínio demográfico - Rio Grande é a grande exceção, com crescimento de 627 habitantes. Tatiana reitera, entretanto, que os números divulgados ontem são apenas estimativas, havendo consolidação dos dados apenas no próximo Censo, a ser realizado em 2020.
Impactos
Por outro lado, é preciso lembrar que os índices de crescimento populacional têm diminuído em Pelotas de 1990 para cá, levando a cidade a perder, na virada do milênio, o posto de segunda mais populosa do Estado para Caxias do Sul. Para o economista do Escritório de Desenvolvimento Regional (EDR/UCPel), Tiago Nunes, a queda acende alerta no que diz respeito à migração de força de trabalho, principalmente qualificada, o que desacelera a economia, assim como a diminuição na arrecadação de impostos.
A perda de posição para Canoas, entretanto, não é vista como o maior dos problemas para a atração de investimentos. Antes disto, aponta Nunes, estão fatores como estrutura, orçamento e investimento governamental em uma região que conta com quatro milhões de habitantes, enquanto a Zona Sul abrange população de 883.692 - uma redução de 8.055 pessoas em relação ao ano passado.
A redução, que atinge praticamente todas as cidades da região, é particularmente preocupante para duas em específico: Santa Vitória do Palmar e São Lourenço do Sul. Ambas caíram de faixa no coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios para 2019 - de 1,60 para 1,40 e de 2 para 1,80, respectivamente.
Ambas caíram de faixa no coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios para 2019 - de 1,60 para 1,40 e de 2 para 1,80, respectivamente.
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